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A importância das mulheres na educação brasileira

Conheça figuras femininas importantes na luta por uma educação de qualidade e mais justa no Brasil

A história das mulheres na educação brasileira é marcada pela superação, luta por direitos e contribuição para uma sociedade mais justa e igualitária. Celebrar o dia 8 de março é muito importante para lembrar uma das principais lutas que as mulheres tiveram que enfrentar ao longo da história.

Com a criação das primeiras escolas brasileiras, apenas homens da elite podiam frequentá-las. A primeira vez que esse cenário foi abalado aconteceu em 1827, cinco anos após a independência do Brasil, quando meninas conquistaram o reconhecimento do seu direito de estudar.

Apesar da construção de escolas femininas, as características ainda eram muito distintas das masculinas, uma vez que as mulheres eram educadas principalmente para cuidar das tarefas domésticas e da família.

A luta por igualdade continua até os dias de hoje e, apesar dos avanços nos últimos séculos, ainda há muito a ser feito. A remuneração de mulheres educadoras ainda é consideravelmente menor, se comparada aos homens, e os principais cargos nas esferas ministeriais são ocupados por figuras masculinas.

Neste 8 de março, nós separamos um conteúdo especial para celebrar grandes educadoras que marcaram a história da educação brasileira. Confira!

Mulheres na educação brasileira

Retratar a importância das mulheres na educação brasileira é um dever de todos. Ao longo da história, muitas figuras femininas tiveram um papel fundamental na construção de um mundo que priorize a equidade de gênero e o fim da violência imposta às mulheres no mundo todo. 

Conheça mais sobre algumas mulheres que ajudaram a revolucionar a educação no Brasil, utilizando essa ferramenta para ir na contramão da opressão de gênero na sociedade.

Lélia González

Lélia González foi um importante símbolo de militância do movimento feminista negro e também era professora e antropóloga. Dedicou sua vida à educação básica e ao ensino superior, além de contribuir para entender as relações de gênero e raça no Brasil.

Foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado, um dos principais da história do país, além de ser precursora no debate e na regulação do trabalho doméstico.

Anália Franco

Além de poetisa e escritora, Anália Franco também foi professora em um dos períodos mais conturbados da história do Brasil, que foi a passagem do Império para a República.

Durante sua jornada, Anália enfrentou o pensamento retrógrado da época, na qual a educação era privilégio de poucos, se posicionando em favor de superar essas exclusões tão marcantes de nossa história.

Eda Luiz

Eda tem como seu principal legado na educação a idealização do Cieja (Centro de Integração de Jovens e Adultos), situado na zona sul de São Paulo, lugar conhecido por estimular o aprendizado dentro e fora da sala de aula - algo que nós, como um grande parceiro escolar, sabemos fazer muito bem em nossos roteiros pedagógicos.

Sua vocação para o ensino se deu em muitas frentes, tornando Eda uma das principais referências entre as mulheres na educação brasileira. Chegou a ser professora na antiga Febem.

Nise da Silveira

Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Sua formação possibilitou construir projetos na área educativa, trabalhando com planos que buscavam compreender o inconsciente das pessoas por meio de práticas educacionais.

Ficou conhecida por aplicar princípios de solidariedade, paciência e afeto nas suas relações com os estudantes. 

Antonieta de Barros

A história de Antonieta é muito inspiradora para todos que desejam transformar a vida de pessoas através da educação. Nascida em Santa Catarina, Antonieta começou a dar aulas em seu estado muito jovem, e em um contexto em que 65% da população era analfabeta.

Aos 17 anos, fundou um curso para ensinar jovens e adultos a ler e escrever e foi eleita a primeira deputada estadual negra do país. O projeto de lei que decretou o dia 15 de outubro como Dia do Professor é de sua autoria.

Maria Victoria Benevides

Benevides construiu ao longo de sua carreira um papel muito importante na educação como ferramenta para os direitos humanos. Na época da Ditadura Militar, discutia abertamente sobre política e democracia, em um período marcado pela censura e a repressão.

Desde 1985, é professora titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Magda Soares

Magda é até hoje uma das principais referências em alfabetização no Brasil. Entre as suas principais contribuições para a educação, estão o remodelamento do curso de mestrado em educação, e a criação do Ceale (Centro de Estudos sobre Alfabetização, Leitura e Escrita).

Era amiga pessoal de Paulo Freire, considerado o patrono da educação brasileira, dizendo seguir os mesmos princípios e ideais de Paulo. 

Maria Amélia Pereira

Dedicou-se à educação na primeira infância, se esforçando para entender e estimular o universo em desenvolvimento dessa fase da vida.

Maria Amélia era uma apreciadora da arte e cultura brasileira, utilizando de músicas e estéticas da mitologia nacional enquanto lecionava.

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